Se a greve dos caminhoneiros tornou os postos de combustível vazios, por outro lado alguns motoristas estão rodando muito mais pelas vias. Esse é o caso dos condutores que circulam com o Gás Natural Veicular – GNV -, mas em especial os taxistas.
Conforme os combustíveis iam se esgotando, o GNV era comercializado ainda mais. Em alguns lugares, esse tipo de combustível chega por meio de gasodutos – o que facilita a vida dos usuários nesse tipo de situação.
No posto do Bairro Xodó Marize, em Minas Gerais, taxistas que abasteciam na manhã de sábado com gás afirmaram maior movimento. “Posso te falar que estou rodando 40% a mais do que antes da greve. Hoje mesmo peguei um passageiro que disse que estava sem gasolina e por isso precisou do táxi”, afirmou um dos taxistas. Surpreendentemente, o momento está ajudando nas finanças pessoais: “tenho que rodar bastante para ganhar um dinheiro extra”.
Enquanto isso, frentistas afirmaram que muitos veículos estão equipados com o GNV.
“Não é só táxi. Tem motoristas de aplicativos, caminhões menores. Como o gás chega pela tubulação, ainda estamos fornecendo.”
De acordo com a Gasmig, alguns postos registraram aumentos de até 30% na venda do gás veicular. A média das vendas subiu 18% nos últimos dias – contudo, em alguns postos, ultrapassou a marca dos 32%.
Inesperadamente a demanda de orçamentos nas oficinas para a implantação do GNV nos veículos subiu muito. O aumento foi de 50% em apenas quatro dias. Em algumas oficinas a fila de espera por chegar a trinta dias pela execução do serviço.
O valor médio pelo metro cúbico do gás natural está entre R$ 2,69 – R$ 2,89. No estado de Minas Gerais já são dez as oficinas convertedoras homologadas pelo INMETRO e outras quatro em processo de homologação.
O usuário que opta pela conversão ao GNV economiza até 60% no custo por quilômetro rodado. A conversão com uso de kits de 5ª Geração está na faixa de R$ 4,5 – R$ 5,5 mil reais à vista. São 54 os postos da Gasmig que oferecem o combustível, com fornecimento 24h.
Fonte: Estado de Minas